Caso Filipe Bertino

Conto escrito

Oito e quarenta da noite, eu e meus amigos estamos conversando quando o assunto de escola surge, e uma notícia nos pega de surpresa: o dia seguinte seria dia de prova. Acabamos entrando no consenso de que ninguém teria estudado, esquecemos completamente de uma avaliação importantíssima, então montamos um esquema, e fomos dormir confiantes.

No outro dia, segunda aula, as provas são entregues e o silêncio toma conta da sala, até um de nós espirrar bem alto, bater duas vezes com o lápis na mesa, os outros colegas dizem em voz alta:

- Saúde!

Sons de rabiscos e mais uma vez o silêncio. Outra vez, um espirro abafado e quatro batidas de lápis, uma espera considerável e de novo, alguns de nós dizem em voz alta:

- Melhoras!

E assim, todo mundo fez a prova, apesar de ficarmos confusos algumas vezes, sabíamos que “Saúde” significava alternativa A, "Melhoras" era alternativa B, um grito qualquer seria C, e a alternativa D era só pedir silêncio a quem espirrou. Infelizmente alguns de nós fomos pegos, eu não estava entre eles já que havia mudado algumas das questões, mas também não tirei nenhuma nota boa nessa nossa elaborada avaliação em grupo.